quarta-feira, 6 de maio de 2009


O CAMPO DE BATALHA É VOCÊ

Muitas pessoas vivenciam a Arte como se fossem uma espécie de cientista crazy que dispensasse as cobaias e inoculasse tudo nelas próprias. Digo isto porque há uns dias estava trabalhando em uma nova música com uns amigos e compreendi q não pode haver exagero no rock ‘n’ roll ou coisa q o valha; excesso é confissão da perda do poder da mensagem, fica só a forma, mas a conceito é também sem dúvida baixar o bambu! Fazer o que então? Procurar o lirismo ácido, o ceticismo crédulo, as contradições unitárias, como uma convocação ao incêndio das idéias, partindo para cima do princípio da indignação que anda quase totalmente perdido por aí. E eu achando que só era a representação de bons ou maus momentos, ou qualquer expectativa e a constatação de que padecemos por nossa própria responsabilidade.


SÓ PRA (A)VARIAR: A GRANA OU A UTOPIA


Nem todas as pessoas se rendem à correnteza comercial da música, ou da arte em geral, e sei que isso é benéfico pela manutenção da diversidade. Se a unanimidade é burra, deve haver vida inteligente no alternativo. Respiro no ambiente musical da planície goytacá pelo menos há duas décadas, em meio ao embate “daqueles que vendem e trazem o público" e o seu contrário, traduzida por cantores e bandas cuja preocupação maior é instigar a sensibilidade do ouvinte, muitas vezes dopado pelo ideário oriundo da mídia gorda e por essa lógica, temos que arremedar ou sucumbir. O critério mercadológico para se escolher o que se deve tocar ou não é primo-irmão da censura mais ascórbica, pois sutilmente quem dança é a liberdade de expressão e a inventividade. Mas nem tudo está perdido, baby: pergunte aos poetas blogueiros, bandas que gravam em estúdios caseiros usando o democrático poder da moderna tecnologia, mantendo assim um canal direto de duas vias com seu público. Como Raulzito já dizia, "tem que acontecer alguma coisa neném, parado é que não dá pra ficar...”.