quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


ROCK NA TERRA DO AÇUCAR OU
É DOCE, MAS É DURO parte II


A música rock chegou a Campos,nos anos 50,pelas ondas do rádio e pela persuasão hollywoodiana,que tentava reproduzir a dicotomia das faixas etárias na sociedade estadunidense no pós-guerra, durante a Guerra Fria e suas bombas ameaçadoras. Em grandes metrópoles ou nas pacatas cidades do interior do Brasil,muitos ouvidos não foram refratários ao ritmo. Enquanto bem-comportadas orquestras e pequenos conjuntos faziam o fundo musical de uma era de incertezas e promessas (No Brasil, vivíamos a era JK, a dos cinquenta anos em cinco),um novo som fundamentado numa atitude básica de valorização da juventude e enfrentamento da rigidez patriarcal,ecoava.

Enquanto se discutia qual o valor daquela música,se era apenas um
modismo ou não, e os danos que poderia causar à cultura nacional e
se teria lugar numa calma e tradicional cidade açucareira no Norte do RJ,
distante demais das capitais,atravessávamos os sombrios anos de chumbo,
que iniciariam em 64 com um golpe militar.

Nos anos 70,o rock internacional e o melhor que se fazia na terra brasilis
já estava longe da ingenuidade e da alienação política,e enquanto as bandas
gringas podiam se expressar sobre questões como a guerra do Vietnam e o
uso da marijuana,aqui se perguntava se vivíamos numa ditadura ou não.
Desbravadores como Raul Seixas e Rita Lee (então rainha do rock) deram o
toque e a juventude encontrou um abrigo rock’n’roll,pois precisava se autoproteger
daquele mundo estranho.Valores como não-violência,um certo desapego material
e psicodelia eram as tônicas dos roqueiros de então. E claro,os teimosos músicos
lutavam com um a escassez de equipamentos e instrumentos (o governo proibia
qualquer importação,alegando que fabricávamos similares) e faziam o rock rolar,
e assim surgiram grupos como Lúcia Lúcifer,Banda de Vidro,Carga Nuclear e Ego,
entre outros. Os shows eram ultra-alternativos (e essa estratégia continua de certa
forma no século XXI) e o som pautado pelo nascente hard- rock e um pouco de blues
e progressivo.

A virada dos oitenta e o fim do regime antidemocrático estimularam o que seria a
popularização do rock no Brasil,e inúmeras bandas surgiram para celebrar ou
protestar (“queremos mais!”),insuflados pelo furacão punk. Banda de Neve e os
Andões,Calibre Cinco,Avyadores do Brazyl,Vida de Cão foram as figuras fáceis/difíceis da vez. Pena que a longevidade dos grupos só vinga pela insistência,e foram poucos os
sobreviventes. O rock viveu sua fase de refluxo na era Collor ou o tempo do breganejo,
e na virada do século já não era tratado como novidade,pois parece que ele sempre jogava na retranca.

O denominador comum desses tempos,o mercado,fez as casas noturnas acolherem
várias bandas roqueiras e outras já se agrupam com essa intenção,além dos eventos
exclusivamente dedicados,deixando no ar uma dúvida: Onde começa a arte e onde ter-
mina a representação,ou vice-versa.

domingo, 6 de dezembro de 2009

COISAS
DUS
OTROS
#2

COISAS
DUS
OTROS
#1

sexta-feira, 20 de novembro de 2009


É HOJE!
AVYADORES COM O SHOW "DEBAIXO DO RADAR"


Em “DEBAIXO DO RADAR” vários músicos campistas vão subir ao palco,para um clima de confraternização musical. Do hip-hop de Felipe Bensi (da banda Evolução da Espécie) ao jazz/blues do saxofonista Dalton Freire, a promessa é elevar a temperatura da cena rock local,a partir da própria data do evento: “Tocar blues e rock no dia da Consciência Negra é um avanço da visão de Cultura em nossa cidade. Saímos do afro-descendente lamentador para o homem e mulher negros integrados em escala planetária e conhecedor dos seus direitos. Blues ou samba é isso: visão sensível do mundo” , palavras do guitarrista.

O evento acontecerá dia 2O de novembro (sexta),a partir das 20 horas,no palácio da Cultura e a entrada é franca.

A BANDA: LUIZZ RIBEIRO (guitarras,violão e vocal); SÉRVULO SOTTO (contrabaixo) e HUGO ZULAD (bateria ) .


Participação especial: SÉRGIO MÁXIMO (guitarra ).

Músicos convidados: ALVARO MANHÃES (guitarra); ÂNGELO NANI (gaita),DALTON FREIRE (sax) e FELIPE BENSI (vocal) .

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


ROCK NA TERRA DO AÇÚCAR OU
É DOCE MAS É DURO


A música rock chegou a Campos,nos anos 50,pelas ondas do rádio e pelo cinema que retratava o comportamento da juventude estadunidense no pós-guerra, como O Selvagem (The Wild One), protagonizado por Marlon Brando e sustentado pelo mito James Dean, encarnado um modelo de comportamento diametralmente oposto às gerações anteriores. Era a época da chamada “juventude transviada”, garotos classe-média-e seus óculos escuros-lambretas garotas-calça-jeans-rabo- de- cavalo-estúpido-cupido e virgindade até o casamento, como mandava o figurino das grandes cidades brasileiras, como Rio (a capital federal) e Sampa.


Comportadas orquestras e pequenos conjuntos faziam o fundo musical dos eventos em nossa cidade, e o padrão musical era ainda o produto nacional (samba-canção, baião) latinidade (bolero) e o som USA dos crooners inspirados em Sinatra. Pesadelo dos pais, mestres e líderes religiosos que na sua maioria não intuíam a mudança dos tempos, o rock’n’roll carregava um sopro de “selvageria” incompatível com o que se costuma nomear bons costumes.


Em meados da década de 60, Campos ainda era rodeada por um cinturão de usinas de açúcar, e se sua sociedade era profundamente conservadora, adepta do catolicismo tradicionalista, longe demais das capitais e inserida num país em plena ditadura militar e cerceamento da expressão. A introdução da guitarra elétrica causou polêmica, entre rejeição causada pelo volume sonoro inédito de um único instrumento e atração por suas formas futuristas e as possibilidades da mistura entre música e eletricidade. No entanto, muito influenciada pela televisão, a juventude aderiu ao modismo. Surgiram os Brasas, The Meeks, Os Rebeldes, Rogério e seu Ritmo 2001, entre inúmeros grupos que aqui representavam o vendaval da Jovem Guarda, liderada por Roberto Carlos, que era assim a tradução da invasão do rock britânico (Beatles, Stones, etc.) que no nosso país recebeu o nome de "iê-iê-iê", animando as tardes de domingo nos clubes locais, o ponto de encontro da juventude classe-média.


A evolução da música brasileira, que começava a repudiar o banquinho-violão e cooptava bandas elétricas,formatou o Tropicalismo de Caetano,Gil,Gal e Mutantes. Nada seria como antes, e os reflexos de um decênio em que se discutia que era proibido proibir ,foi sentido por muitos na própria carne.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009


AVYADORES DO BRAZYL NO GORDO!



Sábado 7, "ROCK DA TARDE" A partir das 18h, no BAR DO GORDO (em frente à UENF).



A banda é composta por: Luizz Ribeiro (guitarra e voz),Sérvulo Sotto (baixo) e Hugo Zulad (bateria).



No repertório, Beatles,Stones,muito blues,reggae e coisas dos Avyadores.

terça-feira, 27 de outubro de 2009






















A GUITARRA E SEUS HERÓIS


“Herói da guitarra” é muito mais que um vídeo-game: é uma espécie de atitude ou um dos agentes da mitologia roqueira. Todo estilo musical tem seu instrumento-símbolo: o sax remete ao jazz; com o samba, pandeiro e cavaquinho; o rock, herdeiro direto do blues, ficou com a guitarra (elétrica). Criada em meados dos anos 30 do século passado para ser um violão amplificado, a guitarra a princípio ficou amarrada aos conceitos de bom-gosto e nível de volume das big-bands, enquanto no blues, ela se prestava mais à expressão individual do músico.
Reza a lenda que o blueseiro inglês Eric Clapton foi pego de surpresa pelas inscrições no metrô de Londres que gritavam: Eric is God (Eric é Deus), muito pelas suas incendiárias performances num pub da capital britânica, interpretando e improvisando o melhor do blues. Pode ter sido o chute inicial desse culto ao instrumentista, levando a audiência a delírios coletivos e a demandar cada vez mais dramáticas sessões.

Restava dilacerar o que ficou nos parâmetros do que seria a guitarra: um certo James Marshall Hendrix, de Seattle (EUA), depois de ralar numa tropa de elite do exército do seu país, a 101 de paraquedistas, foi dispensado por efeito de ferimentos e caiu na cena rythm& blues. Sem chances de ter sucesso em casa, foi levado para a Europa,nos anos sessenta, por um empresário e literalmente arrebentou: Jimi tocava com os dentes, usava e abusava do então abominado feedback (microfonia) para acrescentar nuances e cores musicais;e não se contentava até tocar fogo no instrumento. Hendrix por sua trajetória ficou conhecido como uma espécie de herói trágico, e também um dos re-inventores da guitarra elétrica.

O número de guitarristas idolatrados por seu virtuosismo ostensivo duplicou com o exemplo hendrixiano, ocasionando uma separação palco/público, num plano inconsciente de hierarquia, algo contraditório para um gênero que se arrogava marchar pra o igualitário. Aparentemente as pessoas expunham um arrependimento pela individualidade do homem ou mulher ocidental conquistada a duras penas com unhas e dentes, entendendo a diversão como imperativa a sua participação em um grupo social, de uma “tribo” e ter um “líder”, ao qual se presta um tributo à sua genialidade, carisma, ou até coragem.

Já o punk torceu o nariz e seguiu nos seus três acordes e nenhum buraco para solos, quando muito, minimalistas. Era o rock se refazendo, indo além da ilusão Woodstock, que no fundo serviu para indicar ao sistema capitalista como se ganha dinheiro expropriando os sonhos alheios. São só anticorpos,baby. Muitos outros instrumentistas,de toda a parte do planeta, participaram ou participam dessa maratona do guitar hero,que extrapola as fronteiras do musical e entra em outras categorias. O interessante é notar como a Arte tem seus conceitos em mutação através da História.


“Eu vejo vocês todos
Eu vejo o amor que está dormindo
enquanto minha guitarra
gentilmente chora.”

while my guitar gently weeps
(george harrison)

terça-feira, 20 de outubro de 2009


É O
SAMBA-ROCK
MEU
IRMÃO!...


Dia 19 de outubro aconteceu na aconteceu
na Academia Campista de Letras uma mesa
redonda para um debate democrático e aberto
sobre as ameaças e possibilidades dos músicos
e compositores que militam no rock e no samba.
Na mesa (foto acima),Geraldo Gamboa (compositor),
Cassio Peixoto (jornalista),Luizz Ribeiro (músico)
Gilmar Rangel (moderador), Romualdo Braga (produtor),
Lene Moraes (cantora) e Junior Brasil (produtor).









segunda-feira, 19 de outubro de 2009



é só POEsia,mas eu GOsto...


BIG-SANGUE

A faca na costela
ela,a musa inspiradora
não abre a caixa de pandora
porém sabe que a carne é fraca
e murro na ponta não é o seu forte
é jogo duro.
é questão de sorte.
é alguma coisa rimando gangue
com bangue
ela é o meu enigma,meu buraco negro
meu big-sangue.


luizz ribeiro/ely mira



ACORDE!

Acorde!
se perder esse trem,
tem concorde
teto de zinco? olhe pra cima
cinco por cinco
céu de brigadeiro
e ainda tem:
ford de bigode,
castanholas,
um cão andaluz
fiat lux
a idéia seduz? ou só reluz?

sem folk,não me...
você pode!o timão...
o manche...
acorde bem!seu trem tem
metrô e concorde,
rima quebrada.
pássaro interventor
sempre há a opção de
outro motor.
sintomático?
piloto automático!

acorde bem!
aí,bem,
acorde.


ely mira/luizz ribeiro

sábado, 12 de setembro de 2009

sábado, 5 de setembro de 2009



Loucos Somos Nós






Uma campanha da Nação Goytacá em prol do Hospital João Vianna
Lançamento: dia 26 de setembro às 20:00h na Taberna D Tutty.

domingo, 23 de agosto de 2009


RAULZITO PROIBIDO


Lamentável a proibição (essa é a palavra) do show em homenagem ao Maluco Beleza Raulzito Seixas,capitaneado por Reubes Pess & banda,mais convidados. Até onde se sabe,o logradouro público (praça do SENAI) já estava "condenado" desde 2008,e esse fato passou despercebido. Moscas comidas à parte,já é tempo de uma discussão séria a respeito da utilização dos logradouros públicos, e findar com essa história de quem pode mais,dispõe de tudo.Por exemplo,por que na Pecuária os eventos podem ir madrugada a dentro e a população aguentar calada a zoeira? Uma sociedade organizada é a única que pode contestar essas contradições e inibir todo tipo de abuso de autoridade. Sem isso,NÃO ADIANTA CHORAR.

Em tempo:o show acontecerá dia 28,sexta,no Palácio da Cultura.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

TRÊS DIAS

DE PAZ E MÚSICA




Foram três dias, bicho. Três dias de musica, paz e amor. A televisão hoje dá um vôo de pássaro para as novas gerações, mostrando o espetáculo de mobilização coletiva de uma geração, ali no nosso Grande Irmão do Norte. Woodstock.. Esse nome tem poder. Tornou-se o paradigma de qualquer idéia para se fazer um bom festival de Rock,até nossos dias. E pelos desenrolar dos acontecimentos da época, marcou historicamente o aborrecimento de uma geração, a de pós-guerra, com a maneira de se fazer política interna e externa, e o prejuízo constante nas questões de justiça social. Temperada pela marcha dos direitos civis, no início dos anos 60, que ombrearam negros e brancos e uma filosofia crescente voltada para a não-violência e tolerância, aquela geração, pós Segunda Guerra, próspera e numerosa (o baby-boom dos anos 50) intuiu que seu espaço estava para ser conquistado. Beatnicks, hipsters, hippies: essas tribos passaram a freqüentar festivais ao ar-livre como Monterey, onde bandas e cantores- The Who, Hendrix ou Bob Dylan- literalmente costumavam quebrar tudo. A idéia de Woodstock seria um Monterey com mais público e mais hard, até que alguém rompeu uma cerca e o resto já sabemos. Mas, era só pela música? Roqueiros já foram rebeldes. Não confiar na rebeldia cuja finalidade é sempre desafiar o Sistema, no fundo querendo ser igual e ele, é entender que alguns foram e são revolucionários, e sempre há um tempo e um lugar. O protesto pela pazfoi da maior importância porque enquanto a nação tentava esmagar a guerrilha patriótica do Vietnam, milhares de jovens bradavam que a autodeterminação dos povos ainda estava viva,como queriam os patriarcas da América. Foi muito barulho por tudo, e no bojo dessa efervescência toda, o rock’n’roll sairia da sua posição subterrânea para um lugar visível, onde se puderam criar os anticorpos necessários para se ter um certo controle e claro,ganhar muito,muito dinheiro.
Mas quem vai dizer que não valeu a pena?

terça-feira, 4 de agosto de 2009


ABBEY ROAD


Esquina, marco histórico, crossroad: há quarenta anos atrás era lançado ao mundo o derradeiro álbum da maior banda de Rock de todos os tempos: intitulado Abbey Road, o nome da rua em Londres onde se encontram os estúdios da EMI e onde foi gravado o disco,os Beatles fizeram sua despedida com toques de genialidade. Afastados dos palcos desde 1966, quando decidiram por fim às turnês,cansados da horda de adolescentes barulhentas que queriam tudo,menos a música ,os Beatles investiram nas possibilidades criativas dos estúdios de gravação. E assim passaram a lançar singles e álbuns com os mais diversas orientações,apontando tendências,inovando e ajudando a formatar o que hoje conhecemos por rock’n’roll.

Leitor ou leitora,empreste seus ouvidos para uma mídia (se possível, vinil!) e mergulhe naquele final de década.Durante seis meses os caras engendraram canções que podem ser consideradas divisores de águas dentro da própria banda,dessa vez não com a disposição anárquica do White Album,mas com meticuloso senso de “mudança de cenário”. É sabido que na dinâmica interna dos Beatles,Lennon e McCartney detinham a prioridade nas composições,em parceria ou não,enquanto que Harrison ficava com o espaço remanescente de um disco,mas isso não impediu que Abbey Road fosse produzido na maior parte como um disco conceitual,em que as canções se entrelaçavam,dando prosseguimento à viagem sonora. Come Together,que abre o disco, bluesy com a slide de Lennon, deságua na belíssima Something do subestimado George, e na versão original (vinil) o lado A finda com os vertiginosos acordes de She’s so heavy desaparecendo num corte súbito. Ali também foi inaugurado o uso de sintetizadores Moog, bem colocados (Here comes the sun,também de George Harrison), bem longe do bombardeio de saturação do progressive-rock, ,que viria dali a alguns anos e junto a guitarras cujos timbres até hoje é difícil de emular,ouça-se o duelo final das três guitarras (Lennon,Mc Cartney e Harrison) na emblemática The End.

Eric Clapton disse,na sua autobiografia,que hoje o que a indústria do disco despeja nas prateleiras é noventa por cento de lixo. Não discordo da porcentagem nem da constatação da perversa ideologia comercial totalmente descompromisada com a Arte. Alguns dizem que a música dos Beatles deu um certo toque de humanidade às pessoas, e que em certo tempo da história musical recente tivemos alguns nichos de criatividade,como o Rock que se concretizou naquela época,e hoje segue seu caminho de pedras e balanço.

“And in the end the love you take is equal to the love you make.”
The End,Lennon-McCartney

sábado, 23 de maio de 2009

DO
VIRTUAL
PARA A
REAL!

Blog And Roll & Poesia e Outros Baratos Afins
Dia – 26 Maio – Das 19 às 23:00hs
Local – Bar Fórmula 1 – Av. Alberto Torres,
logo depois do Sesc – Campos dos Goytacazes-RJ




quarta-feira, 13 de maio de 2009


FULINA-IMÃ

Não é todo mundo que tem o privilégio de ser parceiro de um cara como Artur Fulina-Imã Gomes (no centro da foto entre Sérvulo Sotto e esse que digita estas). O agitador multimídia sempre aprontando várias pelo brazyl e de quebra,aqui na terra da planície e dos morros sim.
Lá vai:



EntriDentes 3

olhei a cara do tempo

ela estava fechada

não falava nada

pensei as sagaranagens

que o tempo fazia comigo

peguei do tempo o umbigo

rasguei na ponta da faca

a tua cara de vaca

sangrei

sem nenhum remorso

porque isso o tempo não tem

agora o tempo sorri

me mostra os dentes da boca

e a tua cara de louca

é a minha cara também

Artur Gomes


terça-feira, 12 de maio de 2009

OS ÍNDIOS NÃO MORRERAM

A já buliçosa Noite do Vinil, na Taberna Dom Tutti neste 13 de maio (quarta), acolherá os blogueiros e blogueiras, notórios desocupados crônicos. Mais um motivo: A deliberação do Estatuto da Nação Goytacá- Associação de Arte e Cultura Esporte e Lazer. Os trabalhos terão início às vinte e uma horas, passando pela noite empurrados pelo som que vem das bolachas sob o comando do fotógrafo/d.j. Wellington Cordeiro. O tema dessa N.V. será a influência afro na música popular brasileira (escrevo assim,sem maiúsculas).

Por último e não menos importante:a vitrola começa a girar às 22h.

quarta-feira, 6 de maio de 2009


O CAMPO DE BATALHA É VOCÊ

Muitas pessoas vivenciam a Arte como se fossem uma espécie de cientista crazy que dispensasse as cobaias e inoculasse tudo nelas próprias. Digo isto porque há uns dias estava trabalhando em uma nova música com uns amigos e compreendi q não pode haver exagero no rock ‘n’ roll ou coisa q o valha; excesso é confissão da perda do poder da mensagem, fica só a forma, mas a conceito é também sem dúvida baixar o bambu! Fazer o que então? Procurar o lirismo ácido, o ceticismo crédulo, as contradições unitárias, como uma convocação ao incêndio das idéias, partindo para cima do princípio da indignação que anda quase totalmente perdido por aí. E eu achando que só era a representação de bons ou maus momentos, ou qualquer expectativa e a constatação de que padecemos por nossa própria responsabilidade.


SÓ PRA (A)VARIAR: A GRANA OU A UTOPIA


Nem todas as pessoas se rendem à correnteza comercial da música, ou da arte em geral, e sei que isso é benéfico pela manutenção da diversidade. Se a unanimidade é burra, deve haver vida inteligente no alternativo. Respiro no ambiente musical da planície goytacá pelo menos há duas décadas, em meio ao embate “daqueles que vendem e trazem o público" e o seu contrário, traduzida por cantores e bandas cuja preocupação maior é instigar a sensibilidade do ouvinte, muitas vezes dopado pelo ideário oriundo da mídia gorda e por essa lógica, temos que arremedar ou sucumbir. O critério mercadológico para se escolher o que se deve tocar ou não é primo-irmão da censura mais ascórbica, pois sutilmente quem dança é a liberdade de expressão e a inventividade. Mas nem tudo está perdido, baby: pergunte aos poetas blogueiros, bandas que gravam em estúdios caseiros usando o democrático poder da moderna tecnologia, mantendo assim um canal direto de duas vias com seu público. Como Raulzito já dizia, "tem que acontecer alguma coisa neném, parado é que não dá pra ficar...”.

terça-feira, 21 de abril de 2009


VIBRAÇÃO POSITIVA

Reza a lenda que numa ilha do Caribe, América do Centro, exatamente num país chamado Jamaica havia um ritmo agitado, o ska e que balançava as pessoas. Num certo verão, lá no final dos anos sessenta, uma forte onda de calor desacelerou o ritmo pela metade da batida, surgindo assim o que conhecemos por reggae. Fantasias ou brincadeiras à parte, daquela ex-colônia britânica cuja riqueza (muito mal distribuída, para variar), edificada pelo cultivo da cana-de-açúcar plantada por africanos escravizados. Do canto desses trabalhadores forçados, na evolução do mento, ritmo muito popular até a metade do século passado e adicionado aos rythym & blues captados das rádios do Panamá e da Flórida, veio a formatação do reggae, aliada a um africanismo crescente embasado na doutrina rasta, que cultuava a pessoa do Imperador da Etiópia Hailé Sellassie I, ou Ras Tafari (ras é um título de nobreza.), considerado na teocracia etíope o representante de Jah (ou o Deus das religiões abraâmicas).

O grande símbolo desse movimento foi Robert (Bob) Nesta Marley (1945-1981). Filho de um militar branco do exército inglês e de uma negra jamaicana, Marley cresceu no favelão de Trenchtown, e de lá para o mundo, como integrante dos Wailers,ao lado de Peter Tosh (também falecido) e Bunny Wailer. Marley assumia uma posição de difusor do pensamento rastafari como exemplo de resistência e fé religiosa ao mesmo tempo em que estimulava a libertação do jugo da Babilônia colonialista,o grande motor de uma vida materialista cujo único sentido é a dominação pelas coisas ao invés do oposto. E tudo esse discurso flutuando numa poderosa e hipnótica música. O beat do reggae impulsionado sobretudo pelo contrabaixo, bumbo da bateria e o contratempo da guitarra, reproduz os batimentos cardíacos de um a pessoa relaxada (em torno de 60 batidas por minuto). O internacionalismo reggae motivou a juventude do terceiro mundo, que se identificou com o discurso libertário de BM, e aportou avassaladoramente no Reino Unido, onde existe um numeroso número de imigrantes caribenhos e seus descendentes. É conhecida por todos a coligação punk/reggae e seus frutos (The Clash,Police, entre muitos), enlaçados pelos conflitos de classe e autodefesa contra a truculência dos direitistas de plantão, leia-se skinheads ou a mão pesada do Estado.

Passados todos esses anos,a música reggae fragmentou-se e com a porção de “raiz” (roots) ficou o encargo de nutrir a chama e o som de um sonoro “não” ainda que pacífico e tolerante. Aqui no Brasil e em outros países periféricos,o reggae foi naturalmente absorvido sem traumas pela música brasileira, mesmo que alguns seriosos acadêmicos a considerassem “simples demais” no minimalismo dos seus três acordes. Paciência. Alguém sempre apostará na música pela música...

Como arte aplicada,a grande mensagem do reggae foi inocular nos corações e mentes a possibilidade de uma vida mais simples e solidária,valorizando a paz, o amor e a justiça.

"Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”
Bob Marley

quinta-feira, 16 de abril de 2009



COISAS DUSOTROS #2

1:ATERRISSAGEM por Ely Mira

Breve seu brevê
não fiz e não estava com você
queria tentar saber
da fonte
onde tira essa inspiração
talvez tenha voado muito muito
no ninho do albatroz pousou
teve de relance a rapidez da águia
e ser terno e suave
como colibri
algo de seus percursos tive
viajamos entre paisagens
jamais vistas
nossos olhos artistas...
eu,anônima
sua árvore acalentava
e a sombra secava meu suor

se breve foi seu brevê
seu amor duelado foi io voo mais alto
você chegou lá:
pousou e descansou em seu amor
foi preciso o brevê
para a aterissagem sonhada
não mais nicho,ninho
o aviador chegou ao topo
do monte de vênus
ame
na terra
e no
ar


2:RESISTÊNCIA por Ely Mira


Morta sarah
marie seqüestrada.

bombas e mísseis
contra o que ficou
céu de inferno,guerra dos sem,
sem saber contra quem

turbilhão
gritos
aviões com sons de trovões
chuva ácida
sem indagação
perseguição a quem?

inimigos sem rostos
linguagem em todos os idiomas
torre de babel
algaravia
destroços,tudo explodiu
tudo?
entre escombros,assombros...
a flor intacta
pétalas amarelas
sementes...

morta sarah

seqüestrada marie

a flor sorri.

sorry.

terça-feira, 14 de abril de 2009

No line on the horizon (ensaio em Dublin)

Pra quem é chegado em guitarras, só mirar na Epi Casino do Edge
e na Gretsch do Bono,duas acústicas pra lá de clássicas.

Bem, se faltava som e imagem...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

U2 E VOCÊS TAMBÉM

A regra de ouro deste blog é não adotar a crítica musical usando categorias de valor; sabe-se que pessoas se aproximam da música ou outras formas de arte por uma identificação, onde se misturam o emocional e o racional ( e o primeiro quesito ganha de goleada...). Há pessoas que declaram não gostar de reggae, outras de samba, outras de música popular. Até ouço aqueles que afirmam não amar a música. Este que digita estas tem por necessidade profissional estar a par desses códigos musicais que traduzem a condição humana frente ao que é concreto ou face ao desconhecido e outros mistérios, mas julgo perigoso o ecletismo que dá o mesmo peso e a mesma medida a formas diferentes e contraditórias.


Nestes tempos da busca de músicas on-line, a varejo, o lançamento de um álbum (nosso antigo LP...) muitas vezes tem um feeling de contramão. Eu me reporto ao novo trabalho da banda irlandesa U2, de nome No Line On The Horizon. Lançado em março deste ano, décimo-primeiro desde Boy (1980), o grupo formado por Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. tem uma trajetória marcada por um rock enraizado no pós-punk, indo além do que habitualmente se espera de bandas do estilo, através de fases e focalizações nos problemas políticos da nação vizinha (a Irlanda do Norte, com seus conflitos religiosos e violência política); um certo messianismo (em Joshua Tree) decorrente da alternativa cristã de três terços da banda; o enaltecimento explícito da cultura estadunidense em Rattle and Hum, que provocou muitas críticas nos setores de esquerda da sua terra natal. Então veio Pop,flertando com a música eletrônica e dividindo as águas mais uma vez. How to Desmantle an Atomic Bomb e Vertigo de certa forma trouxeram de volta uma sonoridade primordial, com os registros conhecidos das guitarras regadas a delay de Edge e os vocais conclamantes de Mr. Vox, unidos a uma cozinha de peso certo.


Revelo que venho escutando NLOTH em dose pequenas, sem pressa de absorver uma música que opino como grandiosa e do nosso tempo. O U2 sobrevive no terreno arenoso do rock da corrente principal ao lado de grandes como Stones, Oásis, Radiohead e possivelmente eu não tenha citado mais dois ou três.

Findo aqui com um pequeno trecho da letra de I’ll Go Crazy if You don’t Go Crazy Tonight: “ Toda geração tem a chance de mudar o mundo.”

Feliz Páscoa pra vocês. Até lá.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O ROCK DAS MULHERES

O grande atrativo do R&R foi que ele escancarou a porta para a efervescência hormonal da juventude, pois unia a reprimida (e quente) músico afro (rythym & blues) com o caipira eletrificado. Os nomes de proa do movimento (Elvis, Berry, Perkins) apresentaram um modelo de masculinidade para os garotos, e as canções reforçavam isso, com certo machismo blasé. Já era subentendido que bandas e cantores seriam os homens, pois a pulsão do rock exigia certa agressividade que se achava inerente aos machos (algo como a polêmica a respeito do futebol feminino).

As garotas? Bem, as garotas são ainda as coadjuvantes/musas da cena. Porém o mundo gira e o moinho precisa de muitos para produzir e consumir. A inserção das mulheres no mercado de trabalho as deslocou do eixo que assinalava para um amanhã de dona-de-casa, mãe esposa. Além de tudo isso, aspirante a heroína da classe trabalhadora, com dupla jornada de trabalho.
Bem, nada mais emblemático para traduzir essa vida compartilhada com o sexo oposto nas linhas de produção, escritórios, hospitais, lojas, e universidades, do que usar aquelas armas que as pioneiras da emancipação feminina nos anos 20 não tinham. Uma guitarra elétrica mais um amplificador ou a força de uma voz. ao microfone. Não há de como não citar Janis Joplin,do Texas para o blues-rock Cósmico e a baixista/vocalista Suzi Quatro. Já na fase global do Rock e sua versão européia (Reino Unido), ao lado de bandas pós-Beatles/Stones e advento do tsunami punk setentista, evidenciou-se a presença feminina com as bandas mistas (Pretenders,Siouxsie & The Banshees),ou só constituídas por mulheres (Runaways). No cenário punk, mais libertário, o preconceito machista era ausente ou mais atenuado. Isso evidencia que mesmo pregando aos quatro ventos um procedimento anti-sistema, o Rock tem suas contradições...

Pra cá do mundo tem um país, a terra brasilis, que não ficou imune ao vírus. Na primeira hora,nos anos dourados das lambretas e das normalistas,veio Cely Campelo e seu estúpido Cupido;na hora cinza-chumbo do golpe contra um projeto de civilização democrática,tivemos Rita Lee, com seu humor corrosivo.Roqueira tirando proveito do choque rosa-choque,contribuindo com sua verve para enriquecer o vocabulário da seu antigo desafeto,a música popular brasileira. Ela ainda apronta. Foi-se o vendaval blueseiro elétrico/eclético de Cássia Eller; temos o hardcore de Pitty, comprovando que a Bahia ainda tem.

Na verdade sabemos que o Rock vem e volta para seus abrigos antiaéreos, o velho underground. Bandas ou cantoras de rock no Brasil podem não ser muito populares por aqui, pois fogem do padrão que a sociedade espera delas. É como aquela questão cultural de que preto tem que tocar samba etc. E pra cá do Brasil, em nossa terrinha, nosso rock hoje em dia é feito por quase cem por cento por cuecas.

Pra completar, só digo que a diversidade é uma benção.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ROMPENDO
NO RASTRO
DO SOM
KAMPISTA

Alguém me empreste os seus ouvidos, porque a impressão que tenho quando circulo pela Kampos dus Goytacazes é que existem sons entranhados nas paredes das igrejas centenárias e nos modernos edifícios que tentam conter o vento nordeste das tardes mornas e normais; não estranho a fita de aço em que se transforma a BR-101 sob o sol que vibra enquanto deslizamos adentrando a Planície em direção à nossa Vila; talvez os cantos de trabalho escravo nos canaviais que hoje consoam com a música recorrente dos que lotam os ônibus, lotadas e vans: comerciários, estudantes, desempregados, as grandes massas populares.
Deixe um tempinho comigo os seus tímpanos,minha amiga, até topar de vez com a tradução sonora dessa nossa condição.

Os campistas temos um enigma de amor e ódio ou desprezo quando se fala da produção de bens culturais na terra da sacarose e dos hidrocarbonetos. Cidade de médio porte, vivemos “longe demais das capitais”, lembrando os Engenheiros dos pampas. As alusões que passamos a ter são oblíquas, no sentido de que se fica devendo uma representação,uma reprodução da nossa identidade. Campos das big-bands que animavam os clubes nos anos 50, dos tambores do jongo soando em torno das vilas de trabalhadores da indústria açucareira, das guitarras iê-iê-iê aditivando os hormônios da juventude sessentista, da voz-violão onipresentes nos barezinhos às bandas de rock, das mais radicais ao bem-comportado pop. Vou assim mencionando uma variedade de gêneros, destacando que não é pelo apego à preservação do que já fomos, mas o que somos agora.

Se o tempo nunca dá um tempo, podemos estar fabricando o folclore do futuro em tempos de mundialização, gerando sem saber (ou não) a música que espelhará enfim o nosso ethos. Quem sabe a resposta esteja nas moléculas de ar que voam na curva da Lapa, à tardinha.


EM FEVEREIRO TEVE...

Brincadeira tem hora e quem sabia brincar, que brincasse. Dizem por aí com uma certa ponta de cinismo, que o Brasil real começa em março. Nem tanto ao mar... Entretanto um sentimento assim menos folião, me remete à parábola do poeta e o esfomeado, de Gil & Paralamas:

Oh, mundo tão desigual/ Tudo é tão desigual / De um lado esse carnaval / De outro a fome total.

Continuem a se cuidar.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

DEVERES HUMANOS :

MÚSICA & SOLIDARIEDADE

A rapidez das diversas formas de nos comunicarmos trouxe uma constatação: o Planeta Terra é cada vez menor, muito menor do que há cinco décadas,ainda menor que há cem anos;era enorme no início da Idade Moderna. O mistério do planeta é que já não há mais segredo entre os povos, apesar dos inevitáveis estranhamentos. Porém fica a sensação de sermos navegantes, ou seja, todos no mesmo barco e na certa, passageiros. As tentativas de entendimento muitas vezes vão através do código-música, embora o vigor econômico de algumas nações estabeleça um sentido vertical no que poderia ser um saudável intercâmbio.

Mas não é só de sons musicais produzidos por humanos que gira o astro: está aí a música concreta dos tsunamis, tornados, avalanches e águas furiosas, e comprovadamente, a mão do Homem é co-autora dessa ópera natural. Aqui bem perto de nós, em nossa Região, populações de diversas localidades sofreram (e sofrem) com essa adversidade. E também aqui brotou a iniciativa de se agrupar diversas bandas roqueiras na finalidade de organizar um evento musical por meio de trabalho voluntário. O catalisador da coisa toda, nosso companheiro de coluna n’O Diário, Romualdo Braga, explica: “No dia 25 de janeiro partir das 10 horas os músicos de Campos e região tem um encontro marcado no Ginásio do Americano F. C. Com o sugestivo nome de "Campos Rock da Solidariedade", este evento musical tem como objetivo central arrecadar o maior numero possível de doações- produtos de limpeza, alimentos não perecíveis, roupas e colchonetes para os desabrigados das enchentes em nossa região”. Serão doze grupos, como Cactus Kid, Kamikaze 80, Avyadores do Brazyl, Reubes Pess,Evolução da Espécie entre outros, além da exibição de esportes radicais e DJs.

Para finalizar, o que eu tenho intuído é que existem dois jeitos de se encarar a música: como agente de mudanças ou mercadoria para ajudar o tempo (tédio com todas maiúsculas) passar. Cada músico traz consigo seu background social, político ou moral para tomar o rumo que acha correto, mas a realidade é uma só: devemos solidariedade com o outro e buscar uma vida mais humana. Nessa luta ou se é guerreiro por convicção ou soldado da fortuna; dizem que o primeiro,quando vai para o inferno, é para se reagrupar com seus camaradas e contra-atacar.

Vejo vocês no “Campos Rock da Solidariedade, os roqueiros em defesa da vida!”.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009



CAMPOS ROCK DA SOLIDARIEDADE /
Os roqueiros em defesa da vida!


Data: Dia 25 de janeiro de 2009.

Local: Ginásio do Americano Futebol Clube

Horário: a partir das 10h.

Entrada: produtos de limpeza – alimentos não perecíveis - roupas e colchonetes.


Motivados pela solidariedade, companheirismo e a obrigação de ajudar o próximo. No dia 25 de janeiro os músicos de Campos e região tem um encontro marcado no Ginásio do Americano. Futebol Clube.Com o sugestivo nome de "Campos Rock da Solidariedade", este evento musical tem como objetivo central arrecadar o maior numero possível de doações para os desabrigados das enchentes em nossa região. O evento chama atenção também pela presença de varias bandas de rock, com estilos musicais diversos. São artistas de nossa região, que priorizam a boa musicalidade com letras de autoria própria.A programação do evento conta com a participação de 12 bandas de rock e durante os intervalos teremos o som dos DJs Nick Ferreira e Adriano Lopes , apresentação de praticantes de Skate em uma Mini-ramp e do atleta de freestyle Carlos Negão. O projeto "Campos Rock da Solidariedade", não tem qualquer vinculo exclusivo com qualquer empresa, nem tem como objetivo obter qualquer lucro com a venda de ingressos ou similares.

O evento conta com a colaboração de voluntários, que abriram mão de qualquer pagamento ou cachê para ajudar na estrutura, ou mesmo, para apresentar o seu trabalho musical.Toda e qualquer doação de alimentos, roupas, produtos de limpeza, e outros, serão encaminhadas para secretária de promoção social do Município de Campos dos Goytacazes,ficando a cargo da mesma distribuir da melhor maneira as doações para os desabrigados.

As bandas participantes são:

-Cactus Kid

-3 º Mandato

-Reubes Pess

-Avyadores do Brazyl

-Kamikaze 80

-Segredo de Estado

-Projeto Punk

-Eixo nacional

-Shanner Dragon

-Inner Side

-Evolução da Espécie

-RD