sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


A genial banda britânica THE WHO lançou em 1967 a música PICTURES OF LILY.
Na época, a canção foi banida de muitas rádios
(U.K. e USA) por sugerir o tema do auto-abuso.
Já uma amiga encontrou algo de espiritual na letra.

Você, o que achou?


RETRATOS DE LILY

Eu costumava acordar pela manhã
Eu costumava me sentir tão mal ,
Enjoei de passar as noites em claro
E fui falar com papai
Ele disse " filho,dê uma olhada nisso"
E pendurou na minha parede
Agora minhas noites não são solitárias
Já não me sinto tão mal
Os retratos de Lily tornaram minha vida tão maravilhosa
Os retratos de Lily me ajudaram a dormir à noite
Os retratos de Lily resolveram meus problemas de infância
Os retratos de Lily me ajudaram a me sentir legal

E num dia que as coisas não estavam assim tão boas
Me apaixonei por Lily
Eu perguntei a meu pai onde poderia encontra-la
Ele disse: "filho,não seja tolo"
"Ela morreu em 1929"
Oh,como chorei naquela noite
Se ao menos tivesse nascido no tempo de Lily
Tudo estaria no lugar certo

Os retratos de Lily fizeram minha vida maravilhosa
Os retratos de Lily me ajudaram a dormir à noite
Para mim, eu Lily estamos juntos em meus sonhos
E eu pergunto , "Ei,senhor,viu os retratos de Lily?"


(Pete Townsend, tradução livre de Luizz Ribeiro)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


PRA QUEM TIVER OUVIDOS...


Com todas as vicissitudes e contratempos da nossa existência,parece haver um espaço para a música falar e dizer. Mais alto ou sussurrando. Uma espécie de trilha sonora da vida. Se em tempos idos o nosso ambiente era permeado por sons provenientes da Natureza:
cachoeiras,pássaros,o vento,qual seria essa música concreta que nos circunda hoje,nesse frenesi da cidade grande? Trovões,pingos de chuva no telhado continuam por aí, competindo com as buzinas e escapamentos dos veículos,o ronco dos motores dos jatos e helicópteros. Mesmo assim,quem nunca acordou com qualquer melodia na mente? E ela tocando ali,repetitiva,insistente, muitas vezes não sendo da preferência do freguês. É a tal da Rádio Cabeça...

Recordo que foi na minha pré-adolescência que escutei música rock e ela me acompanha até os dias de hoje (ou o contário) e de certa forma a considero uma sound track existencial,além de uma preferência. Apesar de todos os percalços,nas situações do dia-a-dia a música marca presença na nossa individualidade,no nosso inconsciente. Até para nos lembrar que a vida é frágil,e que navegamos no mesmo barco. Hoje escutei no rádio essa canção,o que de certa forma vem corroborar a minha visão:

“Pense no Haiti /Reze pelo Haiti /O Haiti é aqui /O Haiti não é aqui.”